quarta-feira

Maleato tegaserode - Síndrome do Intestino Irritável

Para desordens funcionais do intestino, que agem sobre os receptores de serotonina.

Indicação: Para mulheres, com diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, com até 55 anos  de idade, sem doenças cardiovasculares conhecidas ou fatores de risco para elas.

Classe: agonista parcial do receptor 5-HT4 (serotonina tipo-4).

Histórico: A síndrome do intestino irritável um distúrbio funcional, sem causa anatômica nem lesões que o justifiquem. Por isso, seu diagnóstico é de fundamental importância para excluir a  possibilidade de moléstias graves.  Os sintomas da síndrome do intestino irritável eram atribuídos a alterações emocionais do  portador e caracterizava um distúrbio chamado de colite nervosa A palavra colite era  empregada erradamente nesse caso. O sufixo “ite” indica inflamação. Como a síndrome do  intestino irritável é um evento funcional que, ao contrário das doenças orgânicas, não apresenta  lesões nem inflamação, não poderia ser chamada de colite. Então, passou a ser usada a  expressão síndrome do cólon irritável. Síndrome, porque não é uma doença, mas um conjunto de  sinais e sintomas que se manifestam predominantemente no cólon que pareceria, por assim  dizer, irritado, nervoso. Mais tarde, porém, verificou-se que o problema estava relacionado com  ondas peristálticas anormais e que a falta de coordenação motora não acomete só o cólon, mas  outras partes do tubo digestivo. Diante disso, a síndrome deveria ser chamada desofagogastroenterocolopatia funcional, nome complicado demais. Na língua inglesa, essa  síndrome é conhecida como Irritable Bowel Syndrome. Bowel significa tripa. Ora, chamá-la de  “síndrome da tripa irritadiça” também não parecia uma escolha adequada. Por isso, optou-se por  síndrome do intestino irritável.

Dosagem / Posologia:
6 mg, duas vezes por dia, antes das refeições.

Contra indicações:
- Problemas do fígado ou dos rins;

- se freqüentemente apresenta ou está apresentando diarréia.;

- se tiver uma doença cardíaca, ou se teve um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral no passado;
- se apresentar risco de ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (pressão arterial elevada ou colesterol alto);

Gravidez e Lactação: Estudos em animais, com doses entre 15 e 51 vezes maiores que a dose usada em humanos, não demonstraram risco ao feto. Contudo, devido os estudos em animais nem sempre predizerem a  resposta em humanos, deve ser utilizado durante a gravidez somente quando for  comprovadamente necessário.  O tegaserode e seus metabólitos são excretados no leite de ratos com uma relação leite:  plasma elevada. Entretanto, não há dados sobre a excreção do fármaco no leite humano.  Baseado no potencial tumorgênico do tegaserode, demonstrado em estudo de carcinogenicidade  em camundongos, deve-se decidir se a amamentação deve ser descontinuada ou o tratamento  suspenso, considerando-se a importância do tratamento da mãe.

Pacientes idosos: o uso em pacientes idosos não é recomendado e deve restringir-se a mulheres com menos de 55 anos de idade.

Crianças: o uso em crianças não foi estudado, portanto, não é recomendado.

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia do tegaserode para uso em mulheres abaixo de 18 anos de idade e em homens.

Efeitos colaterais:  
As principais reações adversas, relacionadas com o uso do tegaserode, são: cefaléia (15%), dor  abdominal (12%), diarréia (9%), náusea (8%), flatulência (6%), dor lombar (5%), tontura (4%),  trauma acidental (3%), enxaqueca (2%), artropatia (2%) e dor nas pernas (1%).  

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